Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Saudade de casas velhas


Quando vejo em meus caminhos, minhas jornadas e passeios pela cidade, vislumbro essa enormidade de casas “velhas”.
Fico a imaginar as vivências, confrontos, alegrias e tristezas, sonhos perdidos de tanta gente, que ali morou, viveu, esteve, em um mundo único, fechado, protegido, que de alguma forma ou instância deu sua contribuição para o desenvolvimento ou pelo menos para criar o quadro do que seria a vida em comunidade dentro do sitio local.
Tantos que vieram e se foram, que deram seu testemunho de existência e não mais vão voltar.

Retratos perdidos e amarelados no tempo, arrancados das paredes pela sombra de um esquecimento e falta de identificação dos que não mais estão presentes com aqueles que aqui ainda estão e que um dia também serão poeira na estada do tempo.
As casas fechadas...
Casas Mortas...
Sem vida...
Mas com alma...
Com sentimento de lembrança...
Com saudade do que se foi..
De uma forma ou outra, mesmo de forma incontida, inesperada, voltam a ter vida, na natureza que se manifesta.


Jefferson Dutra.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

CRENÇA

A casa grande
encardida e velha,
era moça em sonhos,
enluarada.
Se a meninada
Chorava,
Os risos logo voltavam
Encantando
a casa escancarada.

Pelos Buracos do zinco
a luz cintilava,
no nosso querido chão.
Os sonhos eram pequenos,
limpinhos,
cabiam todos na palma da mão.

A infância
teve casa segura
nos muros,
nas trepadeiras
e tudo exalava ternura.

Aquele tempo,
Agora tão escondido,
foi guardado com carinho
e nunca foi esquecido.

Ainda há luz
neste nosso sonhar.
Onde havia risos
o tempo guardou
as lembranças
pra que, um dia,
aquelas crianças
possam, de novo, brincar.

Teodolinda Domingas Batezat de Souza, Poetisa, titular da cadeira n° 39 da Academia Rio-Grandina de Letras, até seu passamento em 15/10/2012.