Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


domingo, 15 de janeiro de 2012

PORQUE A DIFERENÇA? APENAS PENSEMOS...

Como meu blog é direcionado para questões relativas a cultura na cidade do Rio Grande, não costumo postar assuntos relacionados a outras cidades, mas como o Mercado Municipal de Pelotas se encontra em excelente estado de conservação, provavelmente pelo elevado nível de consciência cultural do povo da vizinha cidade e também pelas atitudes positivas da administração local, me senti como que forçado a traçar um paralelo entre essas duas edificações, primeiro mostrando o que deve ser feito em matéria de preservação (em Pelotas) e, posteriormente o que não deve ser feito (Rio Grande). Sempre ao ver a diferença nas imagens me pergunto se a culpa é dos administradores da coisa pública ou de nós moradores da cidade que não cobramos dos mesmos ações mais contundentes no sentido de recuperar nosso patrimônio histórico edificado. As eleições estão chegando, então apenas pensemos no assunto....pensar é preciso, agir mais ainda!

MERCADO PÚBLICO MUNICIPAL DO RIO GRANDE:

O Prédio edificado em 1863, é uma típica construção lusitana, de arquitetura neoclássica. Ao longo dos anos sofreu várias intervenções, entre outras a construção e demolição de um segundo pavimento, a retirada dos frontões que marcavam os acessos principais, as falsas colunas e cunhais, bem como o fechamento das circulações internas e a colocação de cobertura sobre as abóbodas de tijolo armado. O prédio ocupa um quarteirão inteiro, com área superficial de 3695,97 metros quadrados. Considerado de grande importância visual, ambiental, arquitetônica, social, econômica e de referência urbana, juntamente com a doca, a banca do peixe, Biblioteca Rio-grandense, antigo Quartel General, Prefeitura Municipal, Capela de São Francisco e o prédio da Alfândega, todos em torno da praça Xavier Ferreira, formam um conjunto junto a Lagoa dos Patos, sendo este um dos mais representativos sítios históricos do sul do Estado. Devido as intervenções, a descaracterização do local é facilmente observada, como sua degradação física e funcional.