Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


sábado, 19 de janeiro de 2013

TAIM: INSTITUTO CHICO MENDES


TAIM: CAPELA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO:


CAPILHA E RESERVA ECOLÓGICA DO TAIM:



Taim – pertence a planície costeira (planície de restinga) do Rio Grande do Sul (600 km de Torres ao Chuí).
A formação da área costeira do Rio Grande do Sul começa a cerca de 400 mil anos – cenário de transformações geológicas com variações sucessivas do nível do mar. Nas idas e vindas do mar são depositadas barreiras arenosas que separam as lagoas dos oceanos.
Há 5500 anos termina a última era glacial. Com o aquecimento as calotas descongelam e o mar sobe de 3 a 5 metros do nível atual (última grande variação do nível do mar), surgem diversos ecossistemas (lagoa Mangueira, estuários, arroios, lagos, lagoa verde) e dentro destes o Banhado do Taim.
O nome Taim deriva da deusa indígena Itaí ou denominação de um arroio que deságua na Mirim ou ainda sonoridade de um pássaro local. No decorrer de sua historia de ocupação diversas tribos indígenas itinerantes foram exterminadas pelos colonizadores, entre eles charruas, Guaranis e Minuanos. Em 1777 o Tratado de Santo Ildefonso define a região como “terra de ninguém”, ou seja, era proibida a partir de então a ocupação, criação de povoados, acampamentos ou deslocamento de tropas naquele local. Finalmente em 1821 a região passa a pertencer através de anexação ao Brasil.

Hoje pequenas comunidades vivem basicamente da pesca, plantio do arroz, pastagens, monoculturas de pinus e eucaliptus, criação de bois, cavalos, gado, ovelhas. Os núcleos populacionais mais antigos são a Capilha em Rio Grande e a Vila Anselmi em Santa Vitória do Palmar. Localidades como Cerrito, Santa Isabel, Albardão complementam as comunidades do entorno.
O Banhado do Taim possui uma grande variedade de vida silvestre, sendo considerado um patrimônio paisagístico e genético por sua grande variedade biológica e ecossistema, um local de abrigo e reprodução de diversas espécies.
A Capela de Nossa Senhora da Conceição, situada na localidade do Taim foi erguida junto a primeira edificação da fronteira sul do Brasil, provavelmente construída nas primeiras décadas de 1700. Seu estado de conservação é precário, mas atualmente existem em andamento diversos processos e tratativas no sentido de restaurá-la e trazê-la de volta ao seu esplendor original. Como a grande maioria dos nossos prédios históricos a capela sofre com a ação do tempo e da burocracia estatal, a morosidade do poder publico e da justiça brasileira em resolver as questões sobre o patrimônio artístico e histórico nacional provocam perdas irreparáveis a nossa cultura.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

CASAS HISTÓRICAS NA PRAIA DO CASSINO:


CHALÉ DOS LAWSON:

Inspirado na casa rural popular do Brasil, duas águas com telhas portuguesas e varanda. Primeiro prédio de alvenaria no Cassino, erigido de 1892 a 1895, por Edward George Lawson. O terreno e a planta do prédio foram deixados como herança pelo Barão de São José do Norte. Tijolos foram trazidos por trem de pelotas. As esquadrias, ferragens, colunas coríntias estilizadas de ferro vieram de navio da Inglaterra, e em trens ou carroções do porto até a obra. O terreno recebeu árvores para fixar as areias, mais tarde cancha de tênis e muro com gradil inglês. Iluminação com acetileno e água puxada de bomba, conservada. Ampliação foi conduzida em 1930, sobre o algibre, outra no caramanchão e por último uma garagem. A mobília é dos séculos XIX e XX. O Cassino em 1896 foi a primeira “Estação Balnear” do Rio Grande do Sul, inspirada nos padrões das estações que eram moda na França do final do século XIX, nesse período acreditava-se que os banhos de mar e o ambiente marinho favoreciam a recuperação de um sem número de doenças, foi desta maneira que se estabeleceu um núcleo inicial de moradores, geralmente abastados que ali construíram suas residências de verão em lotes de 50m x 100 metros ao longo do que é hoje a Avenida Rio Grande. Nos fins de século moradores ilustres de Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande e das principais cidades gaúchas, vinham para cá muitas vezes de navio, permanecendo nas temporadas de verão na praia, esperando dessa forma receber os efeitos benéficos da ação terapêutica de nossas águas marinhas. Para uma maior informação a respeito ler minha coluna sobre o verão de 1898, publicada neste blog no ano de 2011.

Fonte: Projeto Amo Rio Grande da Secretaria Municipal de Educação e Cultura da Cidade do Rio Grande.