sábado, 19 de janeiro de 2013
CAPILHA E RESERVA ECOLÓGICA DO TAIM:
Taim – pertence a planície costeira
(planície de restinga) do Rio Grande do Sul (600 km de Torres ao Chuí).
A formação da
área costeira do Rio Grande do Sul começa a cerca de 400 mil anos – cenário de
transformações geológicas com variações sucessivas do nível do mar. Nas idas e
vindas do mar são depositadas barreiras arenosas que separam as lagoas dos
oceanos.
Há 5500 anos
termina a última era glacial. Com o aquecimento as calotas descongelam e o mar
sobe de 3 a 5 metros do nível atual (última grande variação do nível do mar),
surgem diversos ecossistemas (lagoa Mangueira, estuários, arroios, lagos, lagoa
verde) e dentro destes o Banhado do Taim.
O nome Taim
deriva da deusa indígena Itaí ou denominação de um arroio que deságua na Mirim
ou ainda sonoridade de um pássaro local. No decorrer de sua historia de
ocupação diversas tribos indígenas itinerantes foram exterminadas pelos
colonizadores, entre eles charruas, Guaranis e Minuanos. Em 1777 o Tratado de
Santo Ildefonso define a região como “terra de ninguém”, ou seja, era proibida
a partir de então a ocupação, criação de povoados, acampamentos ou deslocamento
de tropas naquele local. Finalmente em 1821 a região passa a pertencer através
de anexação ao Brasil.
Hoje pequenas
comunidades vivem basicamente da pesca, plantio do arroz, pastagens,
monoculturas de pinus e eucaliptus, criação de bois, cavalos, gado, ovelhas. Os
núcleos populacionais mais antigos são a Capilha em Rio Grande e a Vila Anselmi
em Santa Vitória do Palmar. Localidades como Cerrito, Santa Isabel, Albardão
complementam as comunidades do entorno.
O Banhado do
Taim possui uma grande variedade de vida silvestre, sendo considerado um
patrimônio paisagístico e genético por sua grande variedade biológica e ecossistema,
um local de abrigo e reprodução de diversas espécies.
A Capela de
Nossa Senhora da Conceição, situada na localidade do Taim foi erguida junto a
primeira edificação da fronteira sul do Brasil, provavelmente construída nas
primeiras décadas de 1700. Seu estado de conservação é precário, mas atualmente
existem em andamento diversos processos e tratativas no sentido de restaurá-la
e trazê-la de volta ao seu esplendor original. Como a grande maioria dos nossos
prédios históricos a capela sofre com a ação do tempo e da burocracia estatal,
a morosidade do poder publico e da justiça brasileira em resolver as questões
sobre o patrimônio artístico e histórico nacional provocam perdas irreparáveis
a nossa cultura.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
CASAS HISTÓRICAS NA PRAIA DO CASSINO:
CHALÉ DOS LAWSON:
Inspirado na
casa rural popular do Brasil, duas águas com telhas portuguesas e varanda.
Primeiro prédio de alvenaria no Cassino, erigido de 1892 a 1895, por Edward
George Lawson. O terreno e a planta do prédio foram deixados como herança pelo
Barão de São José do Norte. Tijolos foram trazidos por trem de pelotas. As
esquadrias, ferragens, colunas coríntias estilizadas de ferro vieram de navio
da Inglaterra, e em trens ou carroções do porto até a obra. O terreno recebeu árvores
para fixar as areias, mais tarde cancha de tênis e muro com gradil inglês.
Iluminação com acetileno e água puxada de bomba, conservada. Ampliação foi
conduzida em 1930, sobre o algibre, outra no caramanchão e por último uma
garagem. A mobília é dos séculos XIX e XX.
O Cassino em 1896 foi a primeira “Estação
Balnear” do Rio Grande do Sul, inspirada nos padrões das estações que eram
moda na França do final do século XIX, nesse período acreditava-se que os
banhos de mar e o ambiente marinho favoreciam a recuperação de um sem número de
doenças, foi desta maneira que se estabeleceu um núcleo inicial de moradores,
geralmente abastados que ali construíram suas residências de verão em lotes de
50m x 100 metros ao longo do que é hoje a Avenida Rio Grande. Nos fins de
século moradores ilustres de Porto Alegre, Pelotas, Rio Grande e das principais
cidades gaúchas, vinham para cá muitas vezes de navio, permanecendo nas
temporadas de verão na praia, esperando dessa forma receber os efeitos
benéficos da ação terapêutica de nossas águas marinhas. Para uma maior
informação a respeito ler minha coluna sobre o verão de 1898, publicada neste
blog no ano de 2011.
Fonte: Projeto Amo Rio Grande da Secretaria Municipal de Educação e
Cultura da Cidade do Rio Grande.
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