Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


domingo, 31 de outubro de 2010

RUÍNAS DO RIO GRANDE:

O transeunte vive em estado de alerta, numa extrema atenção que visa, antes de tudo, à sua própria sobrevivência. Seu olhar não pode demorar-se em nenhum ponto do mundo que o circunda, pois poderá ser tarde demais: por isso ele não espera que aquilo que vê o olhe, não anima mais o inanimado. Decadência da aura, crise da experiência: o transeunte perde a memória e com isso, a identidade. (Machado, in: OLIVEIRA e SANTANELLA, 1987:107).
Inserido no ritmo vertiginoso do cotidiano, o homem lança sobre a cidade um olhar retificado. Ele reconhece diariamente as trilhas que o conduzem a seus objetivos imediatos, sem que necessariamente perceba que é parte integrante e pulsante daquele espaço físico com uma história representativa que, mais do que um espaço político representa o ideal ético da comunidade. Vivemos tempos onde a única lógica parece ser a do consumo alienado dos signos. A dinâmica da contemporaneidade e o processo de aculturação gerado pela globalização provocam um jogo de dissolvências reforçado pela opacidade da urbe, geralmente imersa numa massa de signos. De acordo com um processo que propõe a diluição das fronteiras nacionais, as marcas diferenciadoras dos múltiplos espaços tendem a desaparecer, intensificando a uniformização da cultura e padronizando o comportamento. Com isso as cidades transformam-se em grandes massas urbanas destituídas de individualidade, onde o dinamismo da vida contemporânea conduz ao descartável. A paisagem urbana contemporânea é a expressão dos desequilíbrios econômicos, ecológicos e espaciais que marcaram o século xx.

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