Figura presente na música popular e na literatura de boa parte do país, inclusive em Rio Grande, a figura do mascate, que se antecipou à criação institucional do crediário, o "turco" da prestação,dificilmente era proveniente da Turquia mesmo. Sírios e Libanenes, dominados desde 1516 até o final da 1ª Grande Guerra pelos turcos otomanos, aqui chegaram, como era natural, com passaportes turcos e, independente das diferenças culturais eram chamados de turcos. Desinteressados na sua quase totalidade pelas atividades do campo, encontraram no comércio ambulante uma opção de trabalho. E por razões diversas, foram ganhando conforme a região apelidos diferentes e assim como o turco, sem bases reais. Carcamano, judeu e até galego foram alguns.
Citando Tanus Bastani, Valderez Pimentel nos coloca face à origem do vocábulo mascate: os portugueses auxiliados pelos libaneses cristãos, tomaram a cidade de Mascate, na Arábia, porto situado na costa do Golfo de Omã, no ano de 1658. Os portugueses que seguiram para aquela cidade árabe levaram mercadorias para ali fazerem a troca ou barganha e quando voltavam a Portugal eram chamados de mascates.
Ainda conforme Valderez Pimentel, dois pólos atraíam sírios na época da chegada ao Brasil: o do café e o da borracha. E, em relação ao comércio, esses imgrantes repetiram em maior escala o desbravamento dos antigos bandeirantes, descobriram novos mercados, resolveram as dificuldades de obter dinheiro vivo praticando o escambo e enfrentaram a concorrência através da introdução do pagamento escalonado, ou seja, a prestação mensal. A saga dos libaneses não difere da dos sírios e todos queriam fazer fortuna no menor prazo possível e voltar à Terra. Esse ânimo arrefeceu e o índice de fixação foi muito alto.
Os ambulantes, conforme prosperavam, iam escolhendo lugares de bom trânsito e lá montavam os seus negócios: a venda, o bazar, a loja de tecidos e o armarinho. Picadas, veredas, caatingas, rios, lombos de burro, carros de boi, embarcações. O sucesso profissional foi afastando esse pessoal empreendedor de suas práticas iniciais de comercialização e assentando-os num mercado da colônia. Com o decorrer dos anos desenvolveu-se no âmbito das cidades um pólo de comércio derivado de comerciantes libaneses e sírios. Hoje encontramos o "Turco da prestação" na indústria, no comércio, nos bancos e nas profissões liberais, Muitos que seguiram a carreira política são ministros de estado, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.
A todos os sírios e libaneses que tiveram um importante papel no desenvolvimento do nosso município e país, com seu trabalho, esforço e dedicação, fazemos esse resgate historico no sentido de salvaguardar seu rico passado.... prestamos nossas homenagens....
Referência: O Comércio no Brasil, Iluminando a memória - Biblioteca Senac RG.
Citando Tanus Bastani, Valderez Pimentel nos coloca face à origem do vocábulo mascate: os portugueses auxiliados pelos libaneses cristãos, tomaram a cidade de Mascate, na Arábia, porto situado na costa do Golfo de Omã, no ano de 1658. Os portugueses que seguiram para aquela cidade árabe levaram mercadorias para ali fazerem a troca ou barganha e quando voltavam a Portugal eram chamados de mascates.
Ainda conforme Valderez Pimentel, dois pólos atraíam sírios na época da chegada ao Brasil: o do café e o da borracha. E, em relação ao comércio, esses imgrantes repetiram em maior escala o desbravamento dos antigos bandeirantes, descobriram novos mercados, resolveram as dificuldades de obter dinheiro vivo praticando o escambo e enfrentaram a concorrência através da introdução do pagamento escalonado, ou seja, a prestação mensal. A saga dos libaneses não difere da dos sírios e todos queriam fazer fortuna no menor prazo possível e voltar à Terra. Esse ânimo arrefeceu e o índice de fixação foi muito alto.
Os ambulantes, conforme prosperavam, iam escolhendo lugares de bom trânsito e lá montavam os seus negócios: a venda, o bazar, a loja de tecidos e o armarinho. Picadas, veredas, caatingas, rios, lombos de burro, carros de boi, embarcações. O sucesso profissional foi afastando esse pessoal empreendedor de suas práticas iniciais de comercialização e assentando-os num mercado da colônia. Com o decorrer dos anos desenvolveu-se no âmbito das cidades um pólo de comércio derivado de comerciantes libaneses e sírios. Hoje encontramos o "Turco da prestação" na indústria, no comércio, nos bancos e nas profissões liberais, Muitos que seguiram a carreira política são ministros de estado, governadores, senadores, deputados, prefeitos e vereadores.
A todos os sírios e libaneses que tiveram um importante papel no desenvolvimento do nosso município e país, com seu trabalho, esforço e dedicação, fazemos esse resgate historico no sentido de salvaguardar seu rico passado.... prestamos nossas homenagens....
Referência: O Comércio no Brasil, Iluminando a memória - Biblioteca Senac RG.
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