CRENÇA
A casa grande
encardida e velha,
era moça em sonhos,
enluarada.
Se a meninada
Chorava,
Os risos logo voltavam
Encantando
a casa escancarada.
Pelos Buracos do zinco
a luz cintilava,
no nosso querido chão.
Os sonhos eram pequenos,
limpinhos,
cabiam todos na palma da mão.
A infância
teve casa segura
nos muros,
nas trepadeiras
e tudo exalava ternura.
Aquele tempo,
Agora tão escondido,
foi guardado com carinho
e nunca foi esquecido.
Ainda há luz
neste nosso sonhar.
Onde havia risos
o tempo guardou
as lembranças
pra que, um dia,
aquelas crianças
possam, de novo, brincar.
Teodolinda Domingas
Batezat de Souza, Poetisa, titular da cadeira n° 39 da Academia Rio-Grandina de
Letras, até seu passamento em 15/10/2012.
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