Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


domingo, 30 de setembro de 2012

VOCÊ SABIA?

Os sepultamentos na Cidade do Rio Grande eram realizados em meados do século XIX junto aos templos. O primeiro cemitério da cidade foi erguido junto a Igreja do Bom Fim, pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, em 1834, ao sul dos antigos limites urbanos da cidade velha. A limitação em área desse cemitério e as freqüentes epidemias que assolavam a população, como a da cólera registrada em 1855, fizeram com que as autoridades buscassem outra área para construção de um novo cemitério. Este foi deslocado inicialmente para junto às trincheiras e posteriormente para a área em que permanece até os dias de hoje, ou seja, mantendo uma distância suficientemente segura para evitar contaminação da população pelos corpos vitimados pelas doenças contagiosas. Os primeiros sepultamentos ocorreram em 1861 e a partir de 1863 a municipalidade entregou a administração da necrópole para a Santa Casa de Misericórdia, e assim permanece até a atualidade.

As diferenças religiosas e sociais já ficavam registradas no período, pois ao lado do cemitério católico foi erguido o cemitério protestante, cujo primeiro túmulo data de 25 de fevereiro de 1856. Além do mais, os corpos de indigentes, prostitutas, escravos e outros indivíduos excluídos da sociedade eram enterrados numa área próxima aos novos cemitérios, porém fora dos limites destes, denominada cemitério dos proscritos.
O atual monumento ao trabalhador, na praça em frente à Igreja do Bom fim era o local onde até 1855/1856 servia de ambiente para os sepultamentos na Cidade do Rio Grande e quem passa nos dias de hoje pelas cercanias, pelo menos na maioria dos transeuntes não tem idéia de que neste local que tinha sua entrada junto a Rua Andradas, ficavam depositados os mortos da cidade até a dada da transferência para o atual campo santo localizado na Rua 2 de Novembro.
Fonte: MARTINS, Solismar Fraga.Cidade do Rio Grande, Industrialização e Urbanidade (1873-1991). Rio Grande, Editora da Furg. 2006.




Nenhum comentário: