Saudade de casas velhas
Quando vejo em
meus caminhos, minhas jornadas e passeios pela cidade, vislumbro essa
enormidade de casas “velhas”.
Fico a imaginar
as vivências, confrontos, alegrias e tristezas, sonhos perdidos de tanta gente,
que ali morou, viveu, esteve, em um mundo único, fechado, protegido, que de
alguma forma ou instância deu sua contribuição para o desenvolvimento ou pelo
menos para criar o quadro do que seria a vida em comunidade dentro do sitio
local.
Tantos que
vieram e se foram, que deram seu testemunho de existência e não mais vão
voltar.
Retratos
perdidos e amarelados no tempo, arrancados das paredes pela sombra de um
esquecimento e falta de identificação dos que não mais estão presentes com
aqueles que aqui ainda estão e que um dia também serão poeira na estada do
tempo.
As casas fechadas...
Casas Mortas...
Sem vida...
Mas com alma...
Com sentimento de lembrança...
Com saudade do que se foi..
De uma forma ou outra, mesmo de
forma incontida, inesperada, voltam a ter vida, na natureza que se manifesta.
Jefferson Dutra.