Patrimônio Histórico e Urbânidade em Rio Grande:

A cidade do Rio Grande por sua tradição histórica e por sua importância dentro do cenário ecônomico do Brasil sul meridional sempre foi uma região de confluência de interesses dos mais diversos povos e de tendências políticas ou ecônomicas. no decorrer destes ultimos duzentos e setenta e três anos a cidade se desenvolveu apesar de todas as dificuldades que enfrentou: problemas com imigração, conflito de fronteiras, dificuldades com a natureza, invasões espanholas e crises ecônomicas. superados esses problemas com muito sangue, suor e lágrimas, foi notável o desenvolvimento desta cidade, pois, muito fácil é observar o crescimento que se consubstanciou na forma de nossos prédios históricos e realizações culturais, entre elas podemos citar: a primeira biblioteca do RS, Câmara de Vereadores, industria textil, linha de bondes regular e refinaria de petróleo do país, entre outras.

Fica estabelecido que é na observação e valorização do nosso rico passado e nas nossas construções históricas que estão as soluções para os problemas de nossa cidade. Hoje nas grandes capitais da Europa o turismo histórico é uma realidade, pense nisso e vamos mudar a conjuntura....


segunda-feira, 4 de setembro de 2017

COMPANHIA FIAÇÃO E TECELAGEM RIO GRANDE:

Em 1894, Giovanni Hesselberger investiu recursos no estabelecimento da Companhia Fiação e tecelagem Rio Grande que efetivamente começou suas atividades em 13 de abril de 1896.
Logo em seguida, o controle da companhia passa para a firma Santo Becchi & Cia., de Gênova. Em seguida a empresa foi transformada em sociedade anônima sob a denominação de Tecelagem Ítalo-Brasileira, passando a ser a organização nacional, com sede na cidadã do Rio Grande.
Foi um dos principais estabelecimentos industriais do município, sendo que as instalações da fábrica cobriam uma superfície de 10.000 metros quadrados e empregando 600 funcionários, com tecnologia de ponta. O capital girava em Cr$ 2.000.000,00.

O processo de fabricação da indústria começava com o algodão em rama bruto até os mais finos tecidos. Depois de passar por uma série de máquinas e prensas automáticas, o algodão chegava ao estado de fio através de furos que montavam e trabalhavam continuamente, reduzindo o algodão a meadas. As meadas posteriormente eram enviadas a seção de tinturaria onde seriam tingidas. Findo esse processo entravam na seção de tecelagem que empregava 200 operários, que trabalhavam com variados tipos de tecidos, cujos desenhos eram constantemente mudados de acordo com os pedidos dos clientes.

Entre os produtos da Companhia Ítalo-Brasileira constavam brins, atoalhados, panos para colchões, tecidos fantasia e artefatos.

4 comentários:

a disse...

Muito legal! Como existem fatos interessantes que a maioria de nós, riograndinos, desconhece. Que bom que existem historiadores empenhados em manter viva a história do nosso Rio Grande!

Lilica disse...

Descrição ótima, moro na Duque e jamais saberia sobre isso, valeu.

Lilica disse...

Por que será que quebrou?

Executivo disse...

Ainda possuo livros técnicos de fabricação utilizados nesta indústria, alguns tecidos, peças de mobiliário, cristais e porcelanas do palacete onde residiu meu padrinho genovês, Carlos Antônio Repetto.