Em
1894, Giovanni Hesselberger investiu recursos no estabelecimento da Companhia
Fiação e tecelagem Rio Grande que efetivamente começou suas atividades em 13 de
abril de 1896.
Logo
em seguida, o controle da companhia passa para a firma Santo Becchi & Cia.,
de Gênova. Em seguida a empresa foi transformada em sociedade anônima sob a
denominação de Tecelagem Ítalo-Brasileira, passando a ser a organização
nacional, com sede na cidadã do Rio Grande.
Foi
um dos principais estabelecimentos industriais do município, sendo que as
instalações da fábrica cobriam uma superfície de 10.000 metros quadrados e
empregando 600 funcionários, com tecnologia de ponta. O capital girava em Cr$
2.000.000,00.
O
processo de fabricação da indústria começava com o algodão em rama bruto até os
mais finos tecidos. Depois de passar por uma série de máquinas e prensas
automáticas, o algodão chegava ao estado de fio através de furos que montavam e
trabalhavam continuamente, reduzindo o algodão a meadas. As meadas
posteriormente eram enviadas a seção de tinturaria onde seriam tingidas. Findo
esse processo entravam na seção de tecelagem que empregava 200 operários, que
trabalhavam com variados tipos de tecidos, cujos desenhos eram constantemente
mudados de acordo com os pedidos dos clientes.
Entre
os produtos da Companhia Ítalo-Brasileira constavam brins, atoalhados, panos
para colchões, tecidos fantasia e artefatos.
4 comentários:
Muito legal! Como existem fatos interessantes que a maioria de nós, riograndinos, desconhece. Que bom que existem historiadores empenhados em manter viva a história do nosso Rio Grande!
Descrição ótima, moro na Duque e jamais saberia sobre isso, valeu.
Por que será que quebrou?
Ainda possuo livros técnicos de fabricação utilizados nesta indústria, alguns tecidos, peças de mobiliário, cristais e porcelanas do palacete onde residiu meu padrinho genovês, Carlos Antônio Repetto.
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